Por: Isadora Schmitt Caccia
O mês de março foi um pouco diferente para alguns alunos e professores da Universidade Federal de Sergipe (UFS). A pesquisadora Mônica Lopes Ferreira esteve no local nos dias 8 a 11 de março para disseminar conhecimentos para a estudantes, professores e pesquisadores sobre o peixe Danio rerio, mais conhecido como Zebrafish.
Os eventos foram organizados pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas e a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da instituição de ensino. A cientista ministrou uma palestra sobre a Plataforma Zebrafish (projeto do CeTICS/FAPESP e do Instituto Butantan) e um curso denominado “Zebrafish e Toxicidade: noções básicas”.
Lopes-Ferreira afirma que é importante compartilhar o conhecimento e mostrar como são feitos os testes de toxicidade na plataforma. “Hoje é o teste mais importante realizado em Zebrafish para avaliar águas, poluentes, agrotóxicos, moléculas candidatas e fármacos”. Ela ainda acrescenta que a Universidade Federal do Sergipe foi a primeira instituição a receber o curso. “Mostrei caminhos e resultados importantes da área”, explica a pesquisadora.
O pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da UFS, Lucindo José Quitans Júnior, destacou a presença e o interesse da comunidade acadêmica. “Foi uma oportunidade que a universidade teve de ter acesso a modelos alternativos utilizados em experimentação atualmente. A professora Mônica, com a sua larga experiência e vasto conhecimento na área, nos brindou com informações técnicas e possibilidades de parcerias científicas”, diz o acadêmico.
A estudante Aryanne Araujo Santos participou da palestra sobre a Plataforma Zebrafish. “Eu percebi que é necessário muito planejamento antes de você pensar em colocar um biotério. Apesar de trazer muito benefícios em relação às pesquisas atuais, não é algo tão simples para ser executado. Foram muitos conhecimentos adquiridos sobre o peixe. Gostei muito”, declara a aluna do curso de Farmácia.
Bruno dos Santos Lima, aluno de doutorado em Ciências Farmacêuticas da instituição, ficou muito interessado nas pesquisas apresentadas. “A doutora Mônica mostrou todas as vantagens de se utilizar Zebrafish. É uma área muito promissora para estudos de toxicidade e doenças em geral, porque fornece informações relevantes. Com essas informações, é possível o desenvolvimento de produtos e novas tecnologias que poderão beneficiar a sociedade nos estudos de toxicidade”, fala o pesquisador.
O evento também teve o apoio da Alesco, instituição que trabalha com materiais de laboratório e que atualmente produz equipamentos e racks para pesquisa com Zebrafish. Valéria Lopes é consultora comercial da empresa na região de Alagoas e Sergipe. Ela acompanhou a palestra e o curso e destacou a importância do que foi aprendido para o futuro das pesquisas na UFS. “Valeu muito a pena participar. A parceria entre Alesco, Instituto Butantan e Plataforma Zebrafish pode gerar muitos frutos para a pesquisa na região”, destaca a representante.
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